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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Carambola: Um perigo para pacientes renais!

A carambola, uma fruta geralmente cultivada em pomares pequenos, também é conhecida como star fruit devido ao seu formato, quando cortada, assemelha-se ao formato de uma estrela. Em que podem ser observados cinco gomos e uma polpa de consistência rígida.

A fruta pode ser consumida in natura, sendo comestível quando madura ou sua polpa utilizada para preparação de doces, geléias, vinhos, licores e sobremesas.

Os anciãos dizem que o suco da polpa possui poderes medicinais para o tratamento de febres, escoburto e disenteria. Quanto às características nutricionais é uma fonte rica em sais minerais, fósforo, potássio, além de vitaminas A, C e complexo B.

Atualmente a carambola vem sendo empregada como antidiabético, embora as bases científicas ainda não tenham sido estabelecidas. As folhas de carambola são utilizadas na fabricação de um fitoterápico, indicado no tratamento do diabete melittus não-insulino dependente. Por isso, vários estudos são desenvolvidos com o intuito de avaliar a segurança da utilização da fruta na fabricação de determinados produtos.

Dessa forma, pesquisas encontraram resultados que impedem o consumo do fruto para indivíduos com comprometimento renal. Foram observados efeitos neurotóxicos apenas em pessoas com IRC (insuficiência renal crônica). Diversas são as manifestações clínicas decorrentes do consumo tanto da fruta, como da polpa da carambola, destacando-se soluços incoercíveis, vômitos, fraqueza muscular, insônia, distúrbios de consciência, agitação, convulsão e morte em pacientes renais dialíticos ou em tratamento conservador. Os sintomas podem aparecer com o consumo de pequena quantidade da fruta. O tempo de aparecimento dos sintomas pode variar de 2 a 12 horas e também está associado à predisposição dos pacientes, idade, quantidade consumida, bem como a quantidade de oxalato presente em cada fruta e o tipo de carambola consumida.

Nos pacientes renais, acredita-se que a deficiência na excreção do oxalato seja a principal causa de seu acúmulo e efeito tóxico. Além disso, acredita-se que pacientes renais provavelmente apresentam danos na barreira hematoencefálica permitindo que haja a penetração do oxalato nos tecidos cerebrais provocando os sintomas neurológicos. No entanto, alguns estudos sugerem que o quadro neurotóxico esteja relacionado à inibição do GABA (acido Υ-Aminobutírico), levando a estimulação do SNC (sistema nervoso central) e o aparecimento dos sintomas.

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