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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O sabor da Tradição - PASTEL DE BELÉM







O sabor da Tradição
No inicio do Século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, laborava uma refinação de cana-de-açucar associada a um pequeno local de comércio variado. Como consequência da revolução Liberal ocorrida em 1820, são em 1834 encerrados todos os conventos de Portugal, expulsando o clero e os trabalhadores.
Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente designados por "Pastéis de Belém".
Na época, a zona de Belém era distante da cidade de Lisboa e o percurso era assegurado por barcos de vapor. No entanto, a imponência do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, atraíam os visitantes que depressa se habituaram a saborear os deliciosos pastéis originários do Mosteiro.
Em 1837, inicia-se o fabrico dos "Pastéis de Belém", em instalações anexas à refinação, segundo a antiga "receita secreta", oriunda do convento. Transmitida, e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que fabricam artesanalmente na "Oficina do Segredo", este receita mantém-se igual até aos dias de hoje.
De facto, a única verdadeira fábrica dos "Pastéis de Belém" consegue, através de uma criteriosa escolha de ingredientes, proporcionar hoje, o paladar da antiga doçaria portuguesa.
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Obs.: Pastel de Nata é o mesmo que Pastel de Belém, porém essa iguaria só pode ser denominada de Pastel de Belém se for produzida na fábrica fundada em 1837 na Rua de Belém, em Lisboa, seguindo a tradição de mais de um século.
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Pastéis de Nata
Adaptado de Cozinha Tradicional Portuguesa de Maria de Lourdes Modesto
Rende de 10 a 12 pastéis (forminhas de muffin)

1 rolo (300 g) de massa folhada industrializada
250 ml de creme de leite fresco
100 g de açúcar refinado
4 gemas
1 colher de chá de farinha de trigo
Raspas de limão Siciliano
Açúcar com canela para polvilhar

Massa (veja foto abaixo)
1. Desenrolar a massa e cortá-la ao meio no sentido longitudinal.
2. Enrolar uma dessa folhas como um rocambole.
3. Por cima desse rocambole enrolar a outra massa.
4. Cortar esse rocambole de massa em fatias de menos de 1 cm (vai depender bastante do tamanho da forminha).
5. Forrar as forminhas com a massa.
6. Levar à geladeira para descansar.


Creme
1. Misturar todos os ingredientes, com exceção das raspas de limão.
2. Levar a mistura ao fogo brando até engrossar. Assim que iniciar a fervura, retire do fogo.
3. Adicionar as raspas de limão.
4. Esperar esfriar.
5. Rechear as bases de massa folhada. Colocar pouco recheio para evitar que vaze durante a cocção (como os meus...rsrsrs...pois a minha gulodice me fez preparar duas receitas de creme!!!!)
6. Levar ao forno pré-aquecido (250 C à 300 C) até firmar e dourar.
7. Retirar das forminhas e no momento de servir polvilhar açúcar e canela.

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Problemas técnicos e como solucioná-los (se é que isso é possível)
Os fornos caseiros dificilmente atingem 250 C, o que dirá 300 C. Em temperaturas mais baixas a massa não fica tão "crocante" como deveria e o creme perde um pouca da sua textura aveludada, pois fica muito tempo borbulhando no forno até que a massa chegue ao ponto. A dica é: pré-aqueça o forno na temperatura máxima por um bom tempo. Ligue o forno e vá tomar banho, bater um papo ao telefone, conversar com a vizinha...etc e tal...só assim você terá uma boa finalização. Como nunca havia feito esses pastéis no meu forno, já sei que da próxima vez ligarei o forno e vou assistir O Senhor do Anéis, versão estendida (*dúvida cruel, eterna e lancinante: estendida ou extendida?*).

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