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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como fazer os filhos se alimentarem bem?

Mãe é mãe! E para a grande maioria, a maior preocupação no dia a dia com os filhos é, sem dúvida, a alimentação. Algumas porque os filhos comem demais. Outras porque os filhos simplesmente se recusam a comer. Como acertar na alimentação das crianças e fazê-las comerem bem tanto em quantidade como em qualidade?

As necessidades nutricionais da criança saudável são influenciadas por idade, sexo, velocidade de crescimento, metabolismo, atividade física. A fase pré-escolar, que vai de 1 a 6 anos, se caracteriza pela diminuição da velocidade do crescimento e portanto do apetite, além do interesse da criança estar desviado para outras atividades, como andar e mexer em objetos espalhados pela casa. Então a falta de interesse nesta fase pela alimentação é natural e devem-se evitar chantagens e artifícios, não obrigar a criança a comer. Atitudes como disfarçar os alimentos, distrair a criança com brincadeiras ou televisão na hora da refeição podem gerar desestruturação do comportamento alimentar.

 A falta de vontade de se alimentar somente em alguns momentos é considerada normal. Essa inapetência pode ser de origem comportamental ou orgânica. Comportamental é quando ocorre para chamar a atenção, que é muito comum nesta fase, e pode ser devido à dinâmica familiar. 

Então o comportamento pede cuidados e atenções adicionais. Já a orgânica pode ser devido a deficiência de micronutrientes. As preferências alimentares das crianças são os principais determinantes da sua ingestão, e é aprendido pela criança através de experiências repetidas no consumo de determinados alimentos, podendo a mãe sim variar o cardápio, oferecendo o mesmo alimento preparado de formas diferentes. Se considerarmos que a capacidade gástrica ainda é reduzida, é importante que os lanches da manhã, da tarde ou da noite estejam presentes.

Quanto àquelas crianças que simplesmente não têm fome  O estabelecimento dos hábitos alimentares ocorre por volta de 2 a 3 anos e se mantém até os 8 anos. A alimentação é fundamental para prevenir as deficiências nutricionais, mas quando estas forem presentes se torna necessária uma suplementação, que pode ser indicada por profissional especializado. É necessário observar também o comportamento dos pais perante os filhos, como não dar a chance da criança regular seu horário e tamanho da refeição e, no entanto, permitindo que ela regule o que comer. Então, seguem algumas dicas:
  • Estabelecer um intervalo de 2 a 3 horas entre a ingestão de alimentos e horário das principais refeições;
  • Volume pequeno de alimentos nas refeições;
  • Fracionar a dieta em 6 refeições diárias, incluindo os lanches;
  • Se houver recusa da refeição normal, não substituir por leite ou outros produtos lácteos;
  • Servir as refeições sem a presença de sucos, refrigerantes ou líquidos açucarados, que podem ser ofertados ao final da refeição;
  • Manter a presença de legumes e verduras, mesmo que a criança não aceite,  mas sem se tornar obrigatório seu consumo e sem comentários caso sobrem no prato;
  • As guloseimas não devem ser usadas como recompensa ou castigo, podendo fazer parte dos pequenos lanches nos intervalos.
Para entender todo o processo de recusa alimentar inicialmente se aconselha passar a criança por avaliação médica, para entender se a recusa é ou não decorrente de patologias específicas. Na relação entre mãe e filho observa-se que o momento da refeição é a hora que se mostram os conflitos, angustias e dificuldades, instalando um ciclo vicioso, onde a criança tenta exercer com seu comportamento, um tipo de domínio sobre a situação e a família. 

A orientação então é que para as crianças que ingerem grandes quantidades de leite, deve-se diminuir o volume e a freqüência, uma vez que líquidos suprem a sensação de fome; a mamadeira, como veículo de leite ou outros líquidos, precisa ser substituída pelo copo para que aos 2 anos de idade este utensílio não esteja mais presente na alimentação da criança. Ela deve ser estimulada a se alimentar sozinha, desenvolvendo funções motoras e estimulando a mastigação dos alimentos.

Fonte: Adptado de http://maesefilhos.com

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