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terça-feira, 27 de setembro de 2011

O que é o diabetes gestacional?

gestante

O diabetes gestacional (DG) surge durante a gravidez, principalmente após a  24° semana de gestação, ocorrendo intolerância ao açúcar durante o período gestacional e os níveis de glicemia podem se normalizar após o nascimento do bebê, diferente do diabetes tipo I e II que persistem por toda a vida. Geralmente as mulheres desenvolvem o diabetes gestacional devido a uma resistência à ação da insulina, impossibilitando a entrada de glicose dentro da célula para ser usada como fonte de energia. Fator que pode ser desencadeado por alguns fatores de risco durante o período gestacional, como:
  • Idade superior a 25 anos
  • Obesidade ou ganho excessivo de peso durante a gravidez atual
  • Deposição central (região do abdômen) excessiva de gordura corporal
  • História familiar de diabetes em parentes de 1° grau
  • Crescimento fetal excessivo
  • Polidrâmnio (Aumento do líquido aminiótico)
  • Hipertenção ou pré eclâmpsia (DHEG) na gravidez atual
  • Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia (peso superior do feto) ou de diabetes gestacional
Para reduzir o risco de desencadear o DG, as mulheres devem manter o peso dentro dos parâmetros normais e realizar exercícios físicos regulares. Muitas gestantes não apresentam sintomas no diabetes gestacional, mas é importante ficar atenta se surgir:
  • Poliúria (aumento do volume urinário)
  • Polidipsia (sede elevada)
  • Polifagia (fome em excesso)
  • Perda ou aumento exagerado do peso corporal
  • Desanimo, cansaço ou fraqueza
As complicações metabólicas do diabetes gestacional, está associado com o risco elevado tanto para o feto, quanto para a mãe, devido ao aumento da prevalência de anomalias congênitas e abortamentos espontâneos e ao risco de macrossomia, hipocalcemia, níveis reduzidos de ferro e desconforto respiratório para o feto. Há evidências de que os filhos de gestantes com diabetes gestacional são mais vulneráveis a desenvolver obesidade e uma menor tolerância a glicose na faze adulta. Estudos também tem demonstrado que filhos de mães com  Diabetes Gestacional descompensado, tem chances de ocorrer um déficit intelectual, desencadeados pela cetonúria – causada no diabetes, no jejum prolongado e também nas dietas com restrição de carboidrato, por desencadear uma maior oxidação de gordura no organismo para obter energia, aumentando assim, a circulação de corpos cetôncios causando a cetonúria.
Essas alterações no metabolismo dos indivíduos com diabetes, podem ser controladas através da atividade física, dieta e com insulina nos casos mais severos, quando os níveis glicêmicos permanecem elevados. O acompanhamento nutricional por um nutricionista se torna o mecanismo mais importante, recomenda-se dietas entre 30 e 35 calorias por kg de peso ideal para a idade gestacional. Essa conduta poderá melhorar o controle glicêmico, além de reduzir o ganho de peso. As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia, sendo três refeições principais (desjejum, almoço e jantar) e  três a quatro lanches de pequeno volume, evitando também frituras e preferindo alimentos ricos em fibras, como os cereais integrais, frutas e vegetais, afim de evitar picos elevados de glicose no na sangue.
A mudança do hábito alimentar da mãe diabética é fundamental para evitar complicações para o feto e para a gestante.
Vale ressaltar, que essas mães deverão fazer um acompanhamento nutricional com um nutricionista após o parto, afim de reduzir as chances de desenvolver a doença no futuro.

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